Bom dia pessoal, fiz essa pesquisa rapidamente para matar a
curiosidade das pessoas em relação à psicopatia e sociopatia, na verdade ambos
termos são sinônimos, ou seja, psicopatia e sociopatia é a mesma coisa.
Informações
mais detalhadas estão na pesquisa abaixo. No final do post coloquei o link do
vídeo da psiquiatra Ana Beatriz Silva, onde a mesma explica mais sobre os
sociopatas. Espero que gostem!
O Transtorno
de Personalidade Antissocial, vulgarmente chamado de Psicopatia ou Sociopatia,
é um transtorno
de personalidade descrito no DSM-IV-TR,
caracterizado pelo comportamento impulsivo do indivíduo afetado, desprezo por
normas sociais, e indiferença aos direitos e sentimentos dos outros. Na Classificação
Internacional de Doenças, este transtorno
é chamado de Transtorno de Personalidade Dissocial (Código:
F60.2). Na população em geral, as taxas dos transtornos de personalidade
podem variar de 0,5% a 3%, subindo para 45-66% entre presidiários.
A
psicopatia é caracterizada, principalmente, pela ausência de empatia com outros seres vivos,
resultando em descaso com o bem-estar do outro e sérios prejuízos aos que
convivem com eles. Esse desvio de caráter costuma ir se estruturando desde a
infância. Por isso, na maioria das vezes, alguns dos seus sintomas podem ser
observados nesta fase e/ou na adolescência, por meio de comportamentos
agressivos que, durante estes períodos, são denominados de transtornos de
conduta. Não demonstram empatia, são interesseiros, egoístas e
manipuladores. Conforme se tornam adultos, o transtorno tende a se cronificar e
causar cada vez mais prejuízos na vida do próprio indivíduo e especialmente de
quem convive com ele.
Na psicanálise tal comportamento é
característico das estruturas ligadas às modalidade de perversão, que diferem das neuroses e das psicoses. Indivíduos com este diagnóstico
são usualmente chamados de sociopatas e psicopatas segundo definição do próprio
CID 10 Revisão:
Transtorno
de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações
sociais e falta de empatia para com
os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais
estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências
adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e
um baixo limiar de descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe
uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para
explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a
sociedade.
Egocentrismo
patológico, incapacidade para lealdade ou manutenção de sentimentos de amor ou
afeição, sedução apurada, vida sexual impessoal ou pobremente integrada,
prática comum de calúnias, omissões ou distorções de fatos e constante
incapacidade de seguir algum plano de vida também fazem parte de suas
características.
Fatores
ambientais e psicológicos como condições econômicas precárias, família
desestruturada e histórico de violência podem superar fatores genéticos na
formação dos psicopatas atuais. Existe grande número de psicopatas entre as
populações carcerárias. Estes indivíduos vivenciaram, geralmente, situações de
desamparo, desprezo e desafeto por suas famílias. Vivências repletas de maus
tratos, humilhações, abusos e mais uma série de fatores que, somados, podem
levar o indivíduo a uma dessensibilização, emocionalmente superficial e a
repetir a violência sofrida em suas relações sociais.
Vários
estudos mostram a associação entre lesões pré-frontais e comportamentos
impulsivos, agressividade e inadequação social. Um indivíduo saudável
apresentando comportamentos dentro dos padrões normais após sofrer um acidente
em que o córtex é atingido, pode passar a apresentar comportamentos
antissociais, ou seja, uma sociopatia adquirida. Estes dados confirmam o fato
de que possa existir um componente cerebral envolvido no comportamento dos
psicopatas.
A
diminuição da massa cinzenta na área pré-frontal, analisada por neuroimagem, demonstra que uma diminuição
do volume do hipocampo posterior e um aumento da
matéria branca do corpo caloso contribuem
para o aparecimento de comportamentos mais agressivos.
As
formas mais comuns de medicamentos utilizados em pacientes de transtornos de
personalidade são os neurolépticos, antidepressivos, lítio, benzodiazepínicos,
anticonvulsivantes e psicoestimulantes. Porém tratamentos medicamentosos
revelaram ser ineficazes no tratamento de psicopatia, apesar de poucos estudos
terem sido realizados adequadamente. Mesmo com poucos testes, sais de lítio são usados frequentemente no
tratamento de pacientes psicopatas, pois podem levar a uma redução nos
comportamentos impulsivos, explosivos e na instabilidade emocional. Seus
principais efeitos colaterais são sedação, tremores e problemas motores.
Há
indicativos de que a terapia
cognitivo-comportamental possa ser um método eficaz no
tratamento de transtornos de personalidade antissocial. A American
Psychiatric Association considera a terapia
analítico-comportamental como o tratamento de regulacão afetiva
mais eficaz e empiricamente suportado para transtornos de personalidade.
Psicoterapias com pacientes com
personalidade violenta em liberdade condicional reduziram os índices de
reincidência para 20 e 33% comparado com 40 a 52% dos grupos controles. Os
autores concluem que a personalidade dos pacientes não mudou, porém eles
aprenderam a controlar melhor seus impulsos e pensarem mais nas consequências
de seus atos.
Portadores
de transtornos de personalidade são mais susceptíveis a apresentarem outros
transtornos psiquiátricos. Estima-se que 80% das pessoas com transtornos de
personalidade sofram de outros problemas de saúde mental, como hiperatividade, síndrome do pânico, depressão maior, transtornos de
ansiedade e abuso de drogas.
Existe
também uma correlação entre o transtorno de personalidade antissocial com
outros transtornos de personalidade de desvios sociais, como transtorno
de personalidade histriônica, o transtorno
de personalidade narcisista e o transtorno
de personalidade limítrofe
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