É um conjunto de reações a
uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser.
Luto
não é somente a reação vivenciada diante da morte ou perda de um ser amado, mas
também as manifestações ocorridas em outras perdas, como separações familiares,
de amigos, conjugais.
A
característica inicial do processo de luto acontece pelas relembranças da perda
aliada ao sentimento de tristeza e choro, sendo que a pessoa se consola logo
após. Este é um processo que evolui, onde as relembranças são intercaladas com
cenas agradáveis e desagradáveis, sem, necessariamente, ser acompanhadas de
tristeza e choro. Além destes sentimentos, é comum o estado de choque, a raiva,
a hostilidade, a solidão, a agitação, a ansiedade e a fadiga. Sensações físicas
como vazio no estômago e aperto no peito podem ocorrer.
A
duração deste processo é inconstante e seguido de uma notável falta de
interesse pelo mundo exterior. Com o passar do tempo, o choro e a tristeza vão
diminuindo e é esperado que a pessoa vá se reorganizando, porém é um processo a
longo prazo e os episódios de recaída são comuns.
Caso a pessoa não se recupere
mesmo depois de meses e anos do ocorrido, é considerado um luto patológico.
Nestes casos é recomendada a psicoterapia.
Resolvi abordar o assunto,
porque infelizmente é algo que está fazendo parte da minha vida no atual
momento. Hoje não estou aqui como psicóloga, estou apenas usando o espaço para falar sobre algo pessoal.
Há pouco tempo perdemos
uma pessoa muito especial, Sr. Mário, pai do meu namorado. Não convivi muito
tempo com ele, mas em pouco tempo percebi que era uma pessoa sensacional, bom
marido, bom pai, bom filho, cheio de vida, o tipo de pessoa que sabia curtir a
vida da melhor maneira possível, sem dúvidas um exemplo de pessoa.
Foi algo tão repentino que
ainda parece que é mentira, um pesadelo. No dia do ocorrido, não pude evitar as
lágrimas, eram lágrimas tristeza pela perda, pela família. Mas cada um tem uma
forma de reagir aos acontecimentos, não é?
Admiro quem sabe lidar com
a situação sem se desesperar!
Naquele momento eu queria ficar com o meu
namorado, sei lá, pra dar um abraço, um beijo e dizer que eu estava ali para o
que ele precisasse. Enquanto eu caminhava e dobrava a esquina para encontrá-lo
na porta do hospital, senti um aperto enorme no peito, não sabia o que fazer, o
que falar. Parecia até aquelas cenas de filme, sabe? Ele vindo na minha direção
com o joelho todo enfaixado, porque tinha se machucado no fim de semana, e com
aquela carinha triste, me senti impotente, pois nada que eu fizesse aliviaria
aquele sofrimento, achei melhor apenas dar um abraço e não falar nada.
E nesse dia percebi como é
importante ter os amigos por perto, sem dúvida, eles fazem toda a diferença!
Agora só nos resta guardar
na memória as boas lembranças, por um tempo é muito difícil, a saudade dói
demais, é aquela fase do luto que eu citei no início do texto. Com o tempo,
fica aquela saudade boa e as lembranças dos momentos felizes.
“Luto expressa o Amor a alguém cujo sinônimo é
saudade.”
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